sábado, 2 de outubro de 2010

Contos da Madrugada

Ela tentava correr e não conseguia. Respiração abafada, onde isso vai dar? Corre mais, ele vai te alcançar, e logo. Os olhos arden, tá muito calor e o suor desce direto. Ele sumiu da vista. Acho que despistou ele. Será?

Olha ele ali de novo. Corre ou você não chega. Lá tem gente, ele não te pega lá. Duvido que se arrisque.

É tudo ou nada.

Correr assim dói nos tornozelos. E ele já dói. Nunca tinha chutado um homem, agora ficou doendo a perna. Mas ele levou, bem no meio das pernas. Lá onde dói mais. Lá onde ele queria brincar. Pra mim chega, ele não vai fazer isso hoje, não mesmo...

O ponto de ônibus nunca chegou...