sábado, 19 de março de 2011

Poesia e Prazer

Ela respira meu sopro, ofegante
Rasteja em minha pele sem semblante
Busca meu corpo com desejo
Procura em minha boca um doce beijo

Eu a quero toda, eu preciso
Os corpos nus se entregam, a gente esconde um riso
A dança persiste até que o nasce o prazer
Eu sinto mesmo, que ela vai enlouquecer

Ela busca o que eu quero, selvagem
Eu invado seu ser, pasmo, como miragem
Ela tocando nua minha vontade
E nós em um carrosel louco e sem verdade

Ela grita, sua, geme, gata louca
Eu sou todo dela, ela minha, força pouca
E tudo o que temos é essa dança vadia
Onde nos embebedamos e fazemos poesia

Ela deita e me procura, a língua estala
Eu deixo ela seguir, meu corpo, que fala
Ela fica arrepiada de me sentir inteiro
Eu a invado com um beijo sorrateiro

Tudo o que temos é nossa cadência
Ela louca, gemendo, com minha essência
Eu quero mais, desejo, ela toda minha
No fim da noite, ela sabe, não está sozinha...