quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Falso Soneto da Tristeza e da Mágoa

Face a face com o desencanto
No meu mais leve desespero
Transformando minha alegria em pranto
E minha cama num outeiro
Sou meu próprio adultério
Banal, carnal, um impropério
Como um soneto infernal
A verdadeira canção do mal
Mas ainda que eu entoe o canto
Sozinho, sem alma para audição
Como poesia para o coração
Sendo este fardo um momento e tanto
Eu que podia dizer da vida
Algo que não diria jamais
Perdendo o jeito, a alma e a paz
Em uma superfície amarga e dividida
Ferido na alma, no corpo e na mente
Cantando esta triste canção, alegremente...