Avoado, desatento
Um poeta sem alento
Mas com gana de viver
Independente do ser
Que busque pisar no meu calo
Ainda que vá pelo ralo
Paciência e educação
É que certo fui criado
Em um caminho desviado
Sem moleza e coração
Mas estava tudo traçado
Pelo destino escolhido
Minha vida em um turbilhão
Tudo meu foi dividido
Só sobrou-me ao fim do dia
Essa esperança tardia
Minha vingança que ardia
E um balde de poesia...