terça-feira, 18 de março de 2014

Tragedie

Meu sangue escorre como areia:
Frágil, fútil, insípido e fraco,
Como um campo que não semeia,
Como o tempo que eu nunca marco.
Meu corpo já não me obedece.
Minha vida se vai amargamente
Meu espírito, esse já não cresce;
Meu olhar, tão torpe e decadente...
De perto, parece a morte uma tragédia.
De longe, ainda que triste, vira comédia.
Embora nem sempre seja essa a idéia...
Estou morrendo, não existe futuro.
Pra mim, o destino tem sido duro:
Fiquei preso de vez deste lado do muro...