sábado, 26 de janeiro de 2019

Carrara

Essa pele marfim
Carrara, cor de jasmim
Delicada assim, sem arte final
Um contorno pálido, sensual
Essa bruxa que me consome
Que me faz perder o nome
Desistir até de qualquer amor
Essa pele que assim anestesia
Qualquer forma praticável de dor
Esse olhar fatal, devorador
Essa boca é carne, torturante
Esse corpo macio, delirante
Curvas de um ligeiro rompante
Que me destroem o peito, afinal.