Eu quero decifrar suas curvas
Com a sagacidade de uma esfinge
Cujas palavras lhe deixariam turva
Tal qual meu toque que lhe aflige
Eu quero decorar seus lábios
E meditar sobre suas madeixas
Como o mais tolo dos sábios
Ao refletir sobre o amor de uma gueixa
Eu queria transcrever suas coxas
Em manuscritos da sua flor
Que mesmo em face a todo o amor
Declama meu corpo em folhas frouxas
Eu seria orador das suas costas
E discursaria sobre seus seios
Me fartando como em mesa posta
Do mais sublime dos teus anseios.