segunda-feira, 18 de março de 2019

Depois

Há um rio de leve fluidez
Perdido no mistério dos teus lábios
Como um tesouro antigo dos sábios
Que me faz perder lucidez

Há sabor ainda não degustado
Entre tuas doces pernas sob a flor
Que, regada, me causa mais que amor
E faz do meu coração sagrado

Há também, nesse sorriso puro
Algo que transpõe os medos
Que leva todos os meus segredos
E me instiga a derrubar meus muros

Como canção ainda não cantada
Como deuses não adorados
Como o doce sabor do Mel dourado
Ainda é assim nossa caminhada.

Mas no dia em que do mel eu provar
Das fadas do bosque eu me despedir
Vou querer-te assim no meu fluir
Como barco firme a navegar.