quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Lua (parte 3)

"Eu, que me dei ao luar tal qual olho d'água em nascente
Abdiquei do amar quando a ti perdia, injustamente
Pelo tropeçar do boêmio que não fazia jus ao seu brilhar
E a cada raio perdido, ladeira abaixo, a me deixar
Era como a ferina palavra lunar, que dizia
Ser eu da luz um pequeno facho, a cantarolar
Aquela que minha eterna musa assim seria!
E já não sentiria mais no meu nobre amar
Toda a lua que, senhora era, da minha poesia!"