Eu me perco nos seus olhos tão cintilantes
E no sorriso em sua boca, que por uns instantes
Deixam minha consciência louca
Eu desisto de morrer ao flagrar seus pensamentos
Ao gritar seu nome aos quatro ventos
E penso até mesmo em fazer greve de fome
Eu queria uma valsa, coisa pouca
Algo que despertasse os sentimentos
Em uma alma que com amor me some
Pois você é um rosário a desabrochar
Meu anjo da neve, minha falta de ar
Um momento em que só peço que me leve
E me aceite como única forma de sonhar
E eu seria a sorte ao caminhar
Pois seria ao seu lado, eternamente
Enganaria a morte, e se você precisar
Negaria até meu nome, de repente...
Mas ainda assim, não me perderia
Seria eu mesmo antes de um novo dia
Pois o sopro dos seus lábios me salvaria
E daria sentido ao calor da poesia!