Eis-me aqui, então
Atento à própria tragédia
Forçando o caminho à comédia
Quando a boca toca o chão
Entre sátiras e ironias
Entre bizarrices e caretas
Eu sou aquele que faz poesia
Do gosto amargo da sarjeta
Seja pelo silêncio, que tudo diz
Um nariz velho que assim se vai
É o último chamariz
Daquele que da ribalta não cai
E chorar o que vem escondido
Abafar o que explode em mim
E soltar em risos o que é suprimido
Para gargalhar de tudo no fim.