sábado, 22 de maio de 2021

À Deriva

Se eu fosse amar
Ao mar eu me lançaria
Como nau, fraco
Náufrago do meu próprio ser
Reverenciando a dor
Como um adeus dado a um ator
Como subjugado pela força das ondas
Onde submete-se à forca
Aquele que vê lentas brisas em ventos de velejar
Ainda que seja somente
O amar de um poeta ao mar