quinta-feira, 17 de junho de 2021

Soneto da Proximidade

De joelhos em frente ao salgueiro eu recito
Pelo seu olhar que leva embora minhas dores
Beijo forte como o trovão no mar que eu conquisto
Nas ondas que levam embora os meus amores

Tomo sua mão macia nas minhas em jura
O amor nas lembranças de tudo que tivemos
O choro tão abafado de uma vida dura
Culmina nessa nossa vida que escolhemos

E é tão intenso quanto o ar que necessito
Como o quebrar das ondas na jangada em perigo
A distância do abraço que me deixa aflito

Em um turbilhão de sentimentos tão puros
E eu sei que poderia estar aqui comigo
Para então juntos derrubar os nossos muros